Multivitamínicos. Escolher um bom multivitamínico começa por reconhecer que não há um “tamanho único” que sirva para todos — aquilo que funciona para uma pessoa com um estilo de vida, dieta e necessidades diferentes pode não ser o ideal para outra. Assim, o primeiro passo é avaliar o teu perfil: a tua idade, género, se tens alguma condição de saúde, que tipo de alimentação segues (por exemplo vegetariana ou omnívora), quanta atividade física praticas, se estás grávida ou vais engravidar, ou ainda se estás numa fase de vida mais avançada.
Depois, com esse perfil em mente, convém ponderar quais os nutrientes que são mais críticos para ti. Por exemplo: se tens uma dieta pobre em peixe ou óleos ricos em gorduras boas, pode ser que precises de mais vitamina D ou de ácidos gordos que habitualmente não entram no multivitamínico padrão; se és mulher em idade fértil, o ferro ou ácido fólico podem ser mais importantes; se és mais velho, talvez vitaminas como a B12, D ou cálcio sejam mais relevantes.
Outro aspeto essencial é a qualidade do suplemento. Como não há regulação estrita que garanta que todos os multivitamínicos contêm exactamente o que está no rótulo, é aconselhável escolher produtos que tenham certificações de terceiros — por exemplo selos de verificação como United States Pharmacopeia (USP), NSF International ou outras que atestem a pureza, a veracidade dos ingredientes e que não haja contaminantes ou doses exageradas. Na prática: verifica se o rótulo está bem apresentado, se a dose de cada nutriente é razoável (evita fórmulas que prometem 1000% do valor diário para quase tudo), e avalia se os ingredientes são formas activas ou bem absorvidas.
Também importa verificar o rótulo e os valores: uma boa regra-geral é que o multivitamínico forneça perto de 100% do Valor Diário (VD) para a maioria das vitaminas e minerais, e evitar fórmulas com doses muito elevadas de alguns elementos — porque “mais” nem sempre significa “melhor”, e sobretudo pode haver risco de acumulação ou interacções com outras medicações. Além disso, presta atenção ao formato (cápsula, tablete, “gummy” ou mastigável) e ao número de comprimidos por dia, para que seja algo que efetivamente consigas cumprir.
Por fim, convém lembrar que o multivitamínico não substitui uma alimentação saudável, um bom sono, exercício físico e hidratação — estes continuam a ser os pilares de uma vida saudável. O suplemento serve para “preencher lacunas” e não para compensar hábitos muito pobres. E sempre que possível, antes de tomar qualquer suplemento, consulta um profissional de saúde ou nutricionista — especialmente se estiveres a tomar medicação, tiveres alguma condição clínica ou estiveres grávida.
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