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Sendo considerado como possível há vários anos atras e praticado por milhares de pessoas a redução localizada de gordura corporal ganhou o estatuto de mito com a cientificação recente da cultura física, sendo vista agora como algo não possível, mas é…

A redução do ponto de vista não cirúrgico é um mito; a fantasia de uma dona de casa gorda; A forragem de comerciais que vendem aparelhos de treino de abdominais ridículos às 3 da manhã.

Arnold também estava errado. Não podemos “reduzir a gordura da barriga” fazendo inúmeras séries de abdominais! É absurdo! Excepto talvez não seja, diversas pessoas o fazem de uma forma validada cientificamente que passaremos a explicar.

A Gordura corporal é gelada…
Alcance e toque na parte mais gorda do seu corpo. Se for do sexo masculino, essa é provavelmente a sua barriga e as pregas de gordura que temos de lado na cintura. Agora toque uma parte mais magra do corpo como por exemplo o peito.

O que sente? A área gorda é mais fria ao toque, não é? Pode até ser mesmo fria. Sempre que nos aconchegamos com a esposa ou namorada e notamos que a parte traseira e as coxas são visivelmente mais frias do que o resto do corpo? E com certeza, é aí que a maioria das fêmeas preferencialmente armazena a sua gordura corporal.

Coincidência? Não, não é. A ciência diz-nos que o fluxo sanguíneo é crucial para a extracção de gordura e que o fluxo sanguíneo deficiente para certas áreas do corpo – oblíquos e abdominais inferiores por exemplo – equivale a uma perda de gordura mais fraca dessas áreas, dado que existem evidências de que o fluxo sanguíneo do tecido adiposo não aumenta suficientemente para permitir a entrega de todos os ácidos graxos liberados para a circulação sistémica, logo a % de gordura queimada será inferior.

Mas podemos manipular isso? Claro, podemos fazer com que nosso corpo queime calorias, mas podemos dizer onde queremos que provenham essas calorias? Poderemos realmente reduzir a gordura de um local específico? Podemos apostar a nossa gordura geladinha que sim…

A redução de gordura localizada sempre foi considerada um mito porque as pessoas queimam a gordura sistemicamente, significando no “corpo inteiro”. Isso é verdade até certo ponto, tanto para o exercício de resistência a cardio quanto para todo o corpo. Nós temos adrenalina circulante e fornos mitocondriais em todos os músculos em todo o corpo. Então, a redução localizada é impossível, certo?

Bem, fico feliz que ninguém tenha dito a Arnold, Frank Zane, Franco Columbu e Corey Everson esse detalhe. Todos esses culturistas lendários acreditavam que podiam reduzir a gordura localizadamente, e eles fizeram centenas de abdominais para alcançar esse objectivo. Franco Columbu fazia até 1000 abdominais por dia! Com certeza, ele estava definido, com abdominais lisos e sem gordura.

Seria apenas uma queima de calorias extra, ou esses culturistas realmente estavam a acertar em algo? O equilíbrio de calorias (e, portanto, o exercício do corpo inteiro) é importante, é claro, mas novas pesquisas revelam que funciona o que o pessoal da velha escola costumava fazer. A queima de calorias é parte da equação, mas as calorias vêm de fontes diferentes.

Vamos preferir que as calorias que queimamos numa sessão de cardio provenham da área gorda em torno do umbigo ou do glicogénio e triglicerídeos presentes nos músculos? (Nota: A queima de triglicerídeos intramuscular também é boa, pois estas gorduras, em última instância, são reabastecidas por gorduras provenientes de outros lugares do corpo – é apenas menos directo do que a queima de gordura directa das zonas mais gordas como a barriga e pregas laterais.)

Ao fim ao cabo somos culturistas e preocupamo-nos com a composição corporal e a forma. A pessoa média apenas quer perder peso. Elas provavelmente não se importam de onde as calorias vêm e ficam felizes se perderem, seja de onde for, mas nós queremos que todas elas provenham da nossa gordura e mais lado algum para que no final fiquemos definidos e musculados.

A REDUÇÃO LOCALIZADA DE GORDURA É REAL

Continuando o artigo anterior em que afirmámos que afinal a perda de gordura localizada é possível, passaremos a referir como o fazer.

A ciência diz-nos que existe uma forma de o fazer e que se baseia em:

  • Redireccionar o fluxo sanguíneo para a área gordurosa;
  • Contrair os músculos adjacentes a essa área gordurosa;
  • Temporização e tipo exacto de actividade aeróbica para queimar especificamente mais nessa área.

Se a gordura fria não se mobiliza muito bem, o sentido para melhorar a sua mobilização será aquecê-la. Aumentando o fluxo sanguíneo localizado podemos extrair mais gordura da área problemática. Estudos bastante recentes afirmam que o fluxo sanguíneo e a lipólise são geralmente maiores no tecido adiposo subcutâneo adjacente ao músculo que contrai, sendo que um ataque agudo de exercício pode induzir lipólise pontual e aumento do fluxo sanguíneo no tecido adiposo adjacente à contracção do músculo esquelético. Então as calorias gastas a fazer abdominais de facto irão percentualmente em maior parte sair da área em esforço do que se estivéssemos a gastar calorias caminhando numa passadeira.

Para um regime de definição precisamos maximizar a perda de gordura, especialmente das áreas ditas teimosas, preservando ao máximo a massa muscular. Isso significa que o cardio em jejum logo ao acordar, caminhada na passadeira por cerca de uma hora é a arma primária a utilizar

O cardio em jejum é o momento ideal para usar esses truques de redução de pontos problemáticos de acumulação de gordura, uma vez que no tecido adiposo, o fluxo de ácidos graxos através de uma membrana celular é bidireccional. É externo em tempos de mobilização líquida de gordura, como jejum e exercício e para dentro durante o período pós-prandial (apenas alimentado), estado em que os culturistas passam a maior parte do tempo

O timing é assim crítico. Quando estamos num estado hormonal propício à quebra de gordura, como depois do jejum nocturno, então será hora de colocar estas tácticas em funcionamento:

Passo 1: mantenha a área gorda quente
Antes de subir na passadeira, colocar o cinto de levantamento de peso para trás, então a parte que normalmente está na parte inferior das costas estará na barriga. Isso irá aquecer a área e mantê-la quente enquanto o exercício começa. Idealmente, podemos também tentar usar um desses cintos antigos para a barriga. Estes cinturões de borracha funcionavam a curto prazo, porque eles causam um efeito desidratante local nas áreas problemáticas, pois obrigaram-nas a lidar com o calor. O efeito desidratante é temporário, é claro, mas o efeito de aquecimento e o aumento do fluxo sanguíneo podem ajudar na perda de gordura ao longo do tempo.

Passo 2: Trabalhe os músculos adjacentes ao ponto problemático
Já sabemos que a actividade muscular perto de uma área gordurosa aumenta a quebra da gordura da área. Para conseguir isso, devemos durante a hora de cardio em jejum interromper o mesmo cada 10 minutos e fazer 2 a 3 series de 50 repetições digamos para o abdominal, se for essa a área problemática, ou mesmo um circuito de vários exercícios para a zona média se desejarmos enfatizar a perda de gordura em toda essa área.

Então, com o conjunto de exercícios certo (actividade aeróbica aliada a exercícios que contraiam o musculo adjacente à zona problemática), no tempo correcto (de manhã ao acordar, em jejum) e com a duração adequada (cerca de uma hora), é de facto possível queimar gordura preferencialmente de uma determinada área do corpo, isto desde que a gordura corporal não seja muita alta e pretendamos realmente perder aquela réstia de gordura que falta perder daquela zona corporal que tende a acumular gordura mesmo após o resto do corpo estar bastante definido.

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